Quando no Rio Grande do Sul chove muito em um período curto de tempo, fatalmente vem à memoria as Enchentes de maio de 2024. Estamos traumatizados.
Para quem não sabe, ou para quem não viu, ou para quem simplesmente não tem dimensão do que ocorreu, o mapa abaixo ilustra um pouco o drama e a tragédia vivida por nós, gaúchos naquele mês. Trata-se da região metropolitana de Porto Alegre. E em vermelho os locais onde a água chegou. Em alguns lugares a níveis de 6, 7 metros. O estádio Beira-Rio (Internacional) ficou debaixo d'água, a Arena do Grêmio (Grêmio) também. Bairros inteiros. Sem contar a cidade de Eldorado do Sul que praticamente deixou de existir por alguns dias. Vou repetir: praticamente deixou de existir por alguns dias. Uma cidade de aproximadamente 40 mil habitantes.
Pois bem... Não quero ser leviano ao ponto de tentar (ingenuamente) explicar o inexplicavel, e ilustrar o que não pode ser traduzido em palavras. Não há palavras que descreva a tragédia que assolou milhões de pessoas e centenas de cidades.
O assunto a ser abordado hoje, embora seja similar a este que acabei de mencionar, não é este.
Sabemos das nossas mazelas, das nossas limitações, falando como sociedade mesmo. Sofremos com a má qualidade de saúde pública, segurança pública, educação pública, transporte, estradas, saneamento, etc.. etc... etc... Quem é do Brasil, e quem mora no Brasil entende bem o que eu estou falando. Entretanto, quero chamar à luz a nossa consiência como cidadão. Quero convidá-lo (a) a sair da sua zona de conforto. Convidá-lo a a parar de reclamar e julgar o coleguinha e AGIR.
O que estamos fazendo e como estamos agindo para contribuir e melhorar com o meio onde vivemos?
Esta pergunta veio hoje para mim. Eu que estou diariamente na rua. Preciso me deslocar, como milhões, para trabalhar. Observando as ruas da minha cidade, inclusive pós chuvas fortes devido aos eventos de clima muito seco e quente, nota-se lixo jogado e espalhado em toda parte. Plástico, sacola, lixo orgânico, metais, lixo de obra, de tudo um pouco.
Depois vem a segunda pergunta que é: "Quem joga estes plásticos na rua, na calçada e que contribuem com os alagamentos na cidade?" Afinal de contas, este lixo todo não tem perninhas, e não tem nem consciência, não é mesmo?
A resposta me parece bem simples: quem reclama e s sofre quando o boeiro entope e a rua alaga. Sou eu, é você, somos todos nós.

Percebam: não adianta apenas reclamarmos do Prefeito da cidade, do Governador do estado ou o Presidante da República (indiferente quem seja ou o partido a que representa). No fim das contas, quem joga a bituca de cigarro na calçada ou a garrafinha pet de água mineral na calçada é VOCÊ mesmo!
Não estou dizendo, tampouco, que a culpa das Enchentes é única e exclusivamente de quem jogou a garrafinha plástica na rua (até porque meu foco aqui neste texto nem é este, lembra-se?). O que estou dizendo é que podemos mudar nosso destino, se cada um tiver CONSCIÊNCIA das suas ações como INDIVÍDUOS que fazem parte de um todo. Pois nada é isolado, afinal de contas.
Já parou para refletir que VOCÊ ou EU, ao jogarmos uma garrafinha PET na rua, SIM, iremos contribuir (e muito) para entupir os encanamentos e boeiros da nossa cidade? Sabe por que?
Porque não são apenas VOCÊ ou EU quem jogamos uma pequena e ingênua garrafinha PET na rua, mas milhares, e milhões de "EU" e "VOCÊ".
É física.
É matemática.
É, inclusive, óbvio.
Mas a maioria de nós não enxerga, ou simplesmente não se importa.
Estamos simplesmente aniquilando, sufocando a nossa própria casa, nosso bairro, nosso país, nosso Planeta, em maiores dimensões.

Lembra-se da Pandemia de Covid-19 quando não podíamos sair de casa e as ruas ficaram desertas, mas limpas? Os céus das cidades grandes e industrializadas mais azuis (ou menos nublado) por conta da diminuição da fumaça das indústrias? Os oceanos menos sujos por conta da pouca interação do ser humano com as águas? Parecia até que a mãe-natureza estava ganhando um fôlego, descansando um pouco do caos e insalubridade que tornou-se nosso Planeta. É triste, ao mesmo tempo maravilhoso como tudo funciona. Acorde, preste atenção, e verás.
Que saiamos da nossa pequenez, da nossa rotina como pagadores de boletos, que saiamos da posição apenas de telespectadores de "Jornais Nacionais" e que comecemos a AGIR. Que façamos nossa parte. Na prática. E não apenas no discurso. Estamos cheios de "blá, blá, blá".
Portanto, já que você chegou até aqui, com humildade, quero lhe convidar a refletir sobre as SUAS ações. Com CONSCIÊNCIA. Pois se cada um de nós fizer a sua parte, tornaremos NOSSO Planeta Terra um lugar melhor, mais bonito, mais colorido, mais vivo!
Pois EU dependo de VOCÊ, e VOCÊ depende de MIM. E absolutamente todos nós somos ligados a TUDO e o TODO é o resultado das NOSSAS ações. #GRATIDÃO.

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